XII Bienal Internacional de Dança do Ceará chega a 12ª edição

Em 2019, a Bienal Internacional de Dança do Ceará celebra 22 anos de existência. Considerada um dos mais importantes eventos de dança da América do Sul, chega à sua 12ª edição, celebrando as múltiplas formas de se fazer dança na atualidade. Na programação, espetáculos em teatros e espaços alternativos, além de shows, performances e festas em suas concorridas Fringes. A Bienal acontece de 16 a 27 de outubro em Fortaleza e mais cinco cidades cearenses -Trairi (18 e 19/10), Quixadá (24 e 25/10), Pacatuba (25/10), Itapipoca (25 e 26/10) e Paracuru (25 e 26/10). Do Brasil, são mais de 25 espetáculos e artistas do Ceará e 11 de mais seis estados. A Bienal recebe ainda sete atrações internacionais de cinco países. Toda a programação tem acesso gratuito.

Esta edição festeja alguns acontecimentos relevantes para a dança, tanto mundial quanto local: os 10 anos da morte de Pina Bausch, o centenário de Merce Cunningham, os 20 anos do Colégio de Dança do Ceará e os 30 anos da Cia da Arte Andanças. A XII Bienal Internacional de Dança do Ceará é uma realização da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania – Governo Federal, da Indústria da Dança e da Proarte, com apoio institucional do Governo do Estado do Ceará, via Secretaria da Cultura (Lei Estadual Nº 13.811 – Mecenato Estadual). Apoio: Instituto Iracema. Agradecimentos: Enel.

ABERTURA – A abertura será no dia 16, às 19h, no Theatro José de Alencar, com Lia Rodrigues Cia de Danças, do Rio de Janeiro, apresentando “Fúria”. Criação de Lia Rodrigues, com dramaturgia de Silvia Soter, o espetáculo estreou em 2018 na França. Na festa de abertura das Finges, no Órbita Bar, a atração é Mc Tha, que une funk e umbanda, pista e fé, e em seu primeiro álbum “Rito de passá” vem lotando casas de show no Brasil.

Além do Theatro José de Alencar e Órbita Bar, a Bienal de Dança terá programação em espaços diversos do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Porto Dragão, Cena 15, Cineteatro São Luiz, Vila das Artes, Galpão da Vila, Centro Cultural Bom Jardim, Cuca Mondubim e Poço da Draga.

INTERNACIONAIS

Nesta edição, a Bienal apresenta companhias e bailarinos do Brasil, Colômbia, Alemanha, Itália, Reino Unido e França. A programação internacional inclui vários artistas que se apresentam pela primeira vez no evento, a exemplo da imPerfect Dancers Company, da Itália, com “Empty Floor”Filipe Lourenço, português residente na França, em “Pulse(s)”; o colombiano Mauricio Florez com dois trabalhos, “Bolero” e “UM”; Tatambud Danza/Baldomero Beltrán, também da Colômbia, com o espetáculo “Epitafios en el viento”.

Nos Percursos de Criação, será apresentado o espetáculo “Ausência”, resultado da residência artística de Dança-Teatro “10 anos sem Pina”, conduzida pelo coreógrafo grego Daphnis Kokkinos, bailarino e diretor assistente da Tanztheater Wuppertal Pina Bausch, na Alemanha. Em cena, os 20 artistas selecionados que participaram da residência promovida a partir de julho pela Bienal Internacional de Dança do Ceará e o Porto Iracema das Artes, através dos seus Laboratórios de Criação de Dança e de Teatro, em parceria com o Theatro José de Alencar e a Vila das Artes.

Através do programa Pontes, do Oi Futuro com o British Council, a 12ª Bienal de Dança recebe a coreógrafa inglesa Lindsey Butcher, diretora artística da companhia Gravity & Levity, para uma residência no Galpão da Vila, que aborda a interface entre a dança e a performance aérea. Sua vinda amplia o diálogo entre artistas da dança e do circo e trata de questões pertinentes no campo da criação entre essas duas linguagens.

NACIONAIS

Entre companhias e artistas as atrações do Brasil presentes à 12ª Bienal de Dança, além da Lia Rodrigues Cia de Danças, despontam nomes que grandes trabalhos já apresentados na Bienal em outras edições. Entre elas, a São Paulo Companhia de Dança, que no dia 25 de outubro, no Theatro José de Alencar, apresenta “Petrichor”, do brasileiro Thiago Bordin, “A Morte do Cisne”, do belga Lars Van Cauwenbergh, e “Vai”, de Shamel Pitts, dos Estados Unidos. Também estão de volta à Bienal a Curitiba Cia de Dança, do Paraná, apresentando “Relações”, no Theatro José de Alencar, e “Lenda das Cataratas”, no Teatro Marcus Miranda, no Centro Cultural Bom Jardim, a G2 Cia. de Dança Teatro Guaíra, com dois espetáculos no Cineteatro São Luiz, “Blow Elliot Benjamin” e “La Cena”, respectivamente nos dias 26 e 27, data de encerramento desta edição.  

E mais, Mônica Burity e William Freitas, do Rio de Janeiro, levam o espetáculo “Limítrofe” ao Teatro Dragão do Mar, e o bailarino piauiense Edvan Monteiro, residente em São Paulo, volta com a Cia Etra para apresentar “Escarcéu”, no Teatro Dragão do Mar.

CEARENSES

A Bienal apresenta ainda um rico panorama de produções locais, apresentando trabalhos de artistas experientes, coreógrafos emergentes, bem como de pessoas e projetos contemplados em programas públicos de apoio à pesquisa, criação e formação. Na programação de Fortaleza: Cia da Arte Andanças,que festeja 30 anos, e mais, Cia Dita, Paracuru Cia de Dança, Cia Barlavento, Rosa Primo, Aspásia Mariana, Henrique Castro, Viana Jr., Colégio de Dança do Ceará com Amanda Teixeira, Everardo Freitas, Cláudia Pires, Douglas Motta, Socorro Timbó, Julio Cesar Costa, Rosa de Lima, Marcio Carvalho, Wilemara Barros e Marcelo Hortêncio, entre outros importantes nomes da cena da dança no Ceará.

TRAJETOS EnCena: “Inflamável

Em parceria com o Porto Dragão, a Bienal realiza a quarta edição do Trajetos EnCena e produz um experimento cênico que sintetiza o espírito da edição de 2019: trata-se do “Inflamável”, com direção cênica e coreografia de Jorge Garcia, coreógrafo pernambucano radicado em São Paulo, e direção musical de Rian Batista, videoarte e projeções de Valentino Kmentt, figurinos de Lia Damasceno e os cantores Don LVerónica VelenttinoLaya Luiza Nobel, além da participação de diversos artistas de FortalezaEspetáculo híbrido, assim como as imagens que engendra, “Inflamável” é uma espécie de metáfora daquilo que a Bienal põe em movimento: a celebração, o acolhimento e a afirmação da diferença, dos devires minoritários e da potência da vida; a recusa a toda forma de truculência, obscurantismo, violência e retrocesso.

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