Com direção de Hiroldo Serra, a montagem tem no elenco Manoela Bacelar, Marcia Sucupira, Roberto Reial, Ildo Mota, Luís Costa, Amenhotep Rodrigues, Natali Lima, Érica Cardoso, Paulo César Cândido e Rafael Xerez. Ingressos à venda na plataforma Sympla
Termina neste sábado a temporada de “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues, com o grupo Comédia Cearense, no Teatro Nadir Papi Saboya. A sessão é às 20h. Os ingressos estão à venda na plataforma Sympla e na bilheteria do teatro a partir das 19h no dia da apresentação.
Esta é a segunda vez que o grupo encena a obra — a primeira foi há exatos 60 anos, com nomes como Aderbal Freire Filho e Haroldo Serra no elenco. A nova montagem, com direção de Hiroldo Serra, é uma celebração aos 68 anos da companhia. A peça mantém viva a força do texto rodriguiano, cuja atualidade impressiona ao tratar de temas como moralidade, machismo, homofobia, manipulação da informação, misoginia e abuso de autoridade.
Hiroldo Serra, diretor do espetáculo, conta animado que o público tem respondido de forma calorosa e entusiasmada. “Ingressos estão sendo adquiridos com antecedência, esgotando as sessões — um reflexo do interesse crescente e da força da cena teatral local”, pontua.
Na história, um simples gesto de compaixão — o beijo de Arandir (Roberto Reial) em um desconhecido prestes a morrer — torna-se um escândalo alimentado pelo jornalista sensacionalista Amado Ribeiro (Luís Costa). A partir daí, o que era humanidade vira espetáculo, e a tragédia se instala.
A trilha sonora é um capítulo à parte: executada ao vivo pelo pianista e compositor Ricardo Bacelar, ela intensifica o clima dramático e dá ainda mais potência às interpretações do elenco formado por Manoela Bacelar, Márcia Sucupira, Ildo Mota, Amenhotep Rodrigues, Natali Lima, Érica Cardoso, Paulo César Cândido e Rafael Xerez.
“O Beijo no Asfalto” é considerado um dos textos mais emblemáticos de Nelson Rodrigues, autor que revolucionou a dramaturgia brasileira com obras que confrontam hipocrisias sociais e mergulham nas contradições humanas. Desde sua estreia em 1961, a peça já teve incontáveis montagens e adaptações para o cinema, mantendo-se relevante e provocadora.
Com quase sete décadas de história, o grupo Comédia Cearense segue como um dos principais nomes do teatro no estado, levando aos palcos montagens que preservam a tradição cênica e, ao mesmo tempo, dialogam com as urgências do presente.
O grupo
Com quase sete décadas de trajetória, o grupo Comédia Cearense segue produzindo como um dos pilares do teatro no Ceará, mantendo viva a tradição dos palcos e reafirmando o compromisso com a cultura nacional.
Ficha Técnica:
Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Hiroldo Serra
Trilha Sonora e Piano: Ricardo Bacelar
Elenco:
Selminha: Manoela Bacelar
Dália: Marcia Sucupira
Arandir: Roberto Reial
Aprígio: Ildo Mota
Amado Ribeiro: Luís Costa
Delegado Cunha: Amenhotep Rodrigues
D. Matilde: Natali Lima
Viúva/D. Judity: Érica Cardoso
Aruba/Barros: Paulo César Cândido
Werneck: Rafael Xerez
Direção, coreografia, ambientação, iluminação, figurino: Hiroldo Serra
Mídia Digital: WWEBDigital TI, Design & Marketing
Relações Públicas: Fernanda Mesquita Teles
Redes sociais do Grupo Comédia Cearense: @grupocomediacearense/