Inaugurando o Espaço SerARÁ, em Aracati, no Litoral Leste, a 14ª edição do Festival Latino-Americano de Cinema de Canoa Quebrada – Curta Canoa terá sua estreia a partir das 18h30 de terça-feira, 11 de fevereiro, com a exibição do filme “Vicente Fininho, o Homem que Virava Cachorro”, dos cineastas Adriano Lima e Rui Ferreira. Na mesma noite, o espaço receberá atrações culturais com apresentações de repentistas, circenses, danças, exibição do documentário feito em Aracati na época da pandemia e a presença das mulheres labirinteiras de Aracati, que mostrarão seus trabalhos feitos com renda de bilros, uma técnica tradicional de artesanato regional.
Das 47 produções selecionadas, 11 fazem parte da Mostra Infantil, que exibe filmes voltados para o público infantojuvenil, proporcionando uma experiência educativa e lúdica. A Mostra Dragão do Mar inclui dez produções cearenses, valorizando e promovendo o cinema local, e a Mostra Competitiva traz 26 filmes que disputarão a premiação final em categorias como Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Ator/Atriz, incentivando novos talentos do audiovisual brasileiro.
“Será uma semana bem movimentada para os que apreciam a sétima arte, com acesso gratuito nas dependências do novo Espaço SerARÁ, que servirá não apenas aos moradores de Aracati, mas a todo o Brasil”, destaca Adriano Lima, coordenador do festival.
Arte pelas mãos
Durante a abertura do 14º Festival Curta Canoa, haverá a participação do grupo de mulheres labirinteiras de Aracati-CE. Elas vão expor parte de um painel de labirinto que vem sendo produzido desde 2024. O momento acontecerá na entrada do espaço cultural, com exibição de um vídeo com imagens antigas de Canoa Quebrada e peças de labirinto. A iniciativa busca valorizar a tradição artesanal local e ampliar a visibilidade dos trabalhos das labirinteiras na região. A idealizadora Annick Eva de Lima Meier reúne as labirinteiras ativas da praia de Canoa Quebrada no projeto “Céu de Labirinto”, que promove encontros semanais chamados “Café com Cultura”.
Programação
O 14º Curta Canoa apresentará uma programação diversificada de produções, iniciando no dia 12 de fevereiro, quarta-feira durante mais cinco dias. A Mostra Infantil, às 18h30, trará animações como Coaxo, que conta a história de um sapinho despertado por um barulho misterioso; Diamantes de Acayaca, que revisita uma lenda mineira conectada ao Império Inca; e A Baleia Mágica, que narra as aventuras de três crianças com uma baleia mágica. Às 19h, a Mostra Dragão do Mar exibirá Urubu Aterrado, que revisita memórias de uma favela aterrada; Poeira, com três histórias de saudade e medo; e Quilombo de Ubaranas: Memórias e Sementes, sobre a luta quilombola em Aracati-CE.
A Mostra Competitiva, às 20h, trará Única Saída, que aborda o impacto do decreto que permitiu a compra de armas; O Brilho Cega, em que dois homens buscam uma botija de ouro; e Domicílio, inspirado em uma música de Charles Wellington. Serão exibidos ainda Vão das Almas, Mãe e Sistema Isolado.
A programação seguirá nos dias subsequentes com diversas exibições de curtas-metragens, contemplando gêneros variados e proporcionando uma rica experiência cinematográfica ao público.
Na quinta-feira, dia 13 de fevereiro, a programação começa às 18h30 com a Mostra Infantil, apresentando Rua Dinorá, que conta uma história de uma menina que descobre a importância da força coletiva; e Estela, a Menina Maraguá, um curta-metragem de animação sobre a jornada de uma cineasta iniciante. Às 19h, a Mostra Dragão do Mar traz Tereza e Bruno, que aborda a relação entre mãe e filho ao longo do tempo, e Quem Tem Medo da Macumba?, documentário que abraça a musicalidade dos terreiros e o racismo estrutural. A Mostra Competitiva, às 19h30, exibe Cida Tem Duas Sílabas, sobre uma costureira que desperta o interesse pela alfabetização; Minha Avó, narrando memórias de infância; Ela Mora Logo Ali, sobre uma vendedora ambulante em busca de um livro; Dalva da Rua Sete, que fala sobre a mulher que decide mudar de vida; e O Prazer é Todo Meu, em que uma idosa de 76 anos decide explorar sua sexualidade.
No dia 14 de fevereiro, sexta-feira, a Mostra Infantil, às 18h30, traz Lefôa, que acompanha um grupo de crianças quilombolas protegendo um colega do bullying; João no Reino de Papelão, inspirado nas poesias de Manoel de Barros e Paulo Leminski, e Ceará Bantu: Terra da Luz, que explica a luta dos jangadeiros pela abolição da escravidão no Ceará. Às 19h, a Mostra Dragão do Mar exibe Boi Coração, que apresenta a tradicional festa de Reis no Ceará; e Das Goiabeiras ao Iguape, em que o mestre de cultura popular descobre uma regata de mini jangadas. A Mostra Competitiva, às 19h30, apresenta Cidade Ruína, sobre uma cidade afetada pela maresia e o tempo; e Essa Terra é Meu Quilombo, que destaca o saber ancestral de mulheres quilombolas no Amapá e também Aqui é o Meu Lugar, Ladrão, Yãmi Yah-Pá, Big Bang e Um filme com Celso Marconi.
No dia 15 de fevereiro, sábado, a programação inicia com a Mostra Infantil, às 18h30, trazendo três animações. Depois do Sonho, dirigido por Ayodê França, acompanha Nara e Paulo, pai e filha, em uma jornada sensorial que exalta a inquietação e liberdade da natureza humana. Em Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio, Janaina compartilha com sua mãe o ritual da pesca na Ilha de Itamaracá, enfrentando os ciclos da vida com poesia e música. Já O Mundo de Diego, de Ricardo Rodrigues, conta a história de um menino cego que explora o mundo ao seu redor, até um acidente abalar sua percepção da realidade.
Às 19h, a Mostra Dragão do Mar exibe Aldeia Bons Ventos, documentário de Márcio Rocha que reflete sobre a ausência da história dos povos originários no Museu Jaguaribano. O experimental Quando o Passado for Presente, Lembra-se de Mim no Futuro, de Rafael Vilarouca, investiga memórias familiares por meio da fotografia. Já O Conto Que Não Se Conta, dirigido por Márcio Del Picchia, acompanha um garoto de 10 anos nos bastidores da pré-produção cinematográfica de seu pai, revelando sua conexão com o cinema.
A Mostra Competitiva começa às 19h30 com Tapuia, ficção de Kay Sara e Begê Muniz, sobre uma imigrante italiana que esconde uma indígena escravizada, colocando sua família em risco. Em seguida, Cacica – A Força da Mulher Xavante, documentário de Jade Rainho e Carolina Rewaptu, narra a trajetória da primeira cacica brasileira. A Margem de um Rio Que Passam Meus Ancestrais, de Iago Barreto, retrata a conexão de um homem Potyguara com sua ancestralidade através do rio. Memórias do Fogo, dirigido por Rita de Cássia Melo Santos e outros cineastas, investiga a simbologia do fogo na resistência dos povos indígenas.
A programação segue com Cinema para os Mortos, ficção de Lucas Souto sobre um duelo entre dois rivais em uma cidade do interior do Ceará. Em Anarriê, documentário de Neto Astério, as quadrilhas juninas ganham destaque através da dedicação dos dançarinos. Encerrando as exibições, tem Cabeça de Boi e Controle, ficção de Ricardo Manjaro, aborda os traumas de um aspirante a vigilante noturno e sua busca por justiça.
Premiação
Essa edição se encerra no domingo, 16 de fevereiro, com a aguardada premiação da Mostra Competitiva, a partir das 18h30. Ao longo do festival, 26 filmes disputarão os prêmios em categorias como Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Ator/Atriz, reforçando o compromisso do evento com o incentivo a novos talentos do audiovisual brasileiro. Nesse dia será exibido o documentário Carnaval de Alegrias, dirigido por Márcio Morais e Davi Félix. A produção retrata a energia e tradição do Carnaval de Aracati, uma das festas populares mais emblemáticas do Ceará. A sessão promete emocionar o público ao destacar a riqueza cultural e a vibrante atmosfera da festividade.
Confira a programação completa do Curta Canoa no perfil oficial do evento no Instagram @curtacanoa
Quem faz
O evento é uma realização do Instituto Social de Arte e Cultura do Ceará – ISACC, e da J. A. Lima Produções Artísticas e Cinematográficas. Conta também com parcerias do grupo do Fórum Nacional dos Festivais Brasileiros e da Rede de Festivais do Ceará, além do patrocínio do Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria de Cultura do Estado. Assessoria de Comunicação: Dégagé.
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Fevereiro/2025