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A permanência de pessoas em situação de rua em Fortaleza ainda se mostra um desafio para a gestão municipal. No último censo sobre o assunto, divulgado pela Prefeitura, em 2014, foram contabilizadas 1.738 pessoas nessa condição. Neste cenário, destaca-se o Centro da Cidade, em especial a Praça do Ferreira, onde várias famílias estão completamente instaladas há anos.
Para minimizar a dura realidade dos indivíduos em situação de rua, a Prefeitura disponibiliza 58 equipamentos para atendimento direto à essa população, como abrigos e centros de referência. Porém as políticas existentes ainda não são suficientes frente à problemática que a cidade vive.
Em reunião na CDL de Fortaleza nessa segunda-feira (10), o secretário municipal de Direitos Humanos, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (SDHDS), Elpídio Nogueira, apresentou iniciativas e projetos para reverter o quadro de modo a reinserir essas pessoas na sociedade com dignidade. Dentre as propostas, estão: o aumento de abrigos, implantação de banheiros químicos, unidade móvel com chuveiro e vestiário, alimentação e a possibilidade de capacitação e inserção no mercado de trabalho.
Para o secretário, Estado, Município, entidades privadas e cidadãos precisam trabalhar conjuntamente para solucionar o problema que se arrasta há pelo menos duas décadas. “Infelizmente essa é uma realidade crescente nas grandes capitais do Brasil e nós, da Prefeitura, tentamos aplicar uma política de assistência social específica para pessoas em situação de rua. Estamos recuperando os abrigos e dando melhores condições de vida a essas pessoas. Esperamos que as entidades que querem ajudar continuem as nos procurar, pois, em conjunto, podemos achar soluções” afirmou.
Já o presidente da CDL de Fortaleza, Severino Ramalho Neto, declarou total confiança nas ações municipais, mas a restauração da Praça do Ferreira. “A Prefeitura tem toda nossa credibilidade e estamos felizes com o posicionamento do secretário, porém com uma cobrança mínima: que a nossa Praça do Ferreira seja devolvida ao fortalezense. Essa situação dos moradores nos preocupa muito, principalmente nessa praça, pelo simbolismo que ela representa”.
Sobre os projetos apresentados, destacou que os empresários do Centro sempre esteve aberta ao diálogo. “Continuaremos conversando com o secretário para caminharmos na mesma direção. Estamos aptos, temos a Faculdade CDL que pode fazer o trabalho de capacitação, assim como discutir outras possibilidades afim de amenizar o problema.” conclui.
Participaram ainda da reunião o diretor da CDL de Fortaleza, Assis Cavalcante, o presidente da Federação das CDLs do Ceará (FCDL-CE), Freitas Cordeiro, e o vereador Idalmir Carvalho que abordaram as demandas decorrente dessa situação, como a sujeira, que acaba por diminuir o fluxo de pessoas no Centro, ocasionando a queda nas vendas.