Longa-metragem “A rebelião dos jangadeiros” revive momento de luta pela paralisação do tráfico de pessoas negras no Ceará

O longa-metragem documental “A rebelião dos jangadeiros” estreia no próximo dia 15 de outubro, às 18h, no Cinema do Dragão, em Fortaleza, marcando a abertura da Mostra Ceará Cinema, realizada pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult). Com direção de Cinthia Medeiros e Demitri Túlio, o filme revisita um dos episódios mais emblemáticos da luta contra a escravidão no Brasil: a greve dos jangadeiros cearenses, ocorrida em 1881.

A obra foi contemplada pelo XIV Edital Ceará de Cinema e Vídeo da Secult. A produção é assinada por Íris Sodré, da Gavulino Filmes.

A rebelião

Em 1881, jangadeiros da Praia do Peixe, hoje Praia de Iracema, se recusaram a embarcar pessoas negras escravizadas rumo aos grandes centros escravocratas do país. A paralisação ocorreu nos dias 27, 29 e 30 de janeiro, e ficou conhecida como a Greve dos Jangadeiros.

O movimento ganhou força e repercussão nacional a partir da atuação do abolicionista Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde, mais conhecido como Dragão do Mar. A história também é atravessada pelas figuras de José Napoleão e Preta Simoa, lideranças negras que integraram o movimento de resistência e são tema do longa-metragem. 

Ficção e memória

Na “A rebelião dos jangadeiros”, os depoimentos de pesquisadores, ativistas e pensadores se entrelaçam com uma narrativa ficcional protagonizada por Nina (Sâmylla Costa) e sua avó (Adna Oliveira). À beira-mar, as duas refletem sobre a luta abolicionista e questionam qual teria sido o papel de sua família naquele momento histórico. A atriz Marta Aurélia interpreta uma representação simbólica de Preta Simoa, que aparece como uma guardiã da memória ancestral e conduz os pensamentos de Nina sobre o passado.

Presenças e homenagens

Entre os entrevistados estão nomes como o historiador Jones Manoel, as antropólogas Antônia de Araújo e Vera Rodrigues, o museólogo Saulo Moreno, o cientista social Hilário Ferreira, o desembargador André Costa e a cantora e ativista Mallu Viturino. Um dos destaques do filme é o depoimento da teóloga, filósofa e fundadora do Grupo de Consciência Negra do Ceará (Grucon), Lúcia Simão, que faleceu em agosto deste ano.

Pioneira em discussões raciais e na luta antirracista cearense, Lúcia Simão é homenageada na noite de estreia do longa

Lúcia Simão será homenageada na noite de estreia, com a presença de familiares. Também será celebrado o trabalho do cientista social Hilário Ferreira, cuja pesquisa sobre a greve dos jangadeiros foi o ponto de partida para o desenvolvimento do filme.

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