Em cartaz desde agosto, a exposição Antonio Poteiro – A Luz Inaudita do Cerrado segue em destaque na CAIXA Cultural Fortaleza e ganha programação especial no dia 10 de outubro, data que marca o centenário de nascimento do artista português-brasileiro. O evento acontece a partir das 18h30 e contará com uma visita mediada à mostra e palestra do curador Marcus de Lontra Costa. A atividade é gratuita, com inscrições limitadas a 30 vagas, disponíveis pelo site da instituição.
Reconhecido por sua contribuição singular à arte popular brasileira, Antonio Poteiro será homenageado em um encontro que promete aproximar o público de sua obra profundamente enraizada nas expressões culturais do Brasil. Durante a palestra, Marcus de Lontra abordará a trajetória do artista e sua importância na quebra de fronteiras entre arte popular e arte naif, destacando a dimensão simbólica e estética de seus trabalhos. O evento também será um espaço para troca de ideias e interação entre o público e o especialista.
“Antonio Poteiro revela a verdadeira face do Brasil, transpondo barreiras entre arte popular e naif”, afirma Marcus de Lontra. “Seus trabalhos falam de um Brasil que nós sonhamos e desejamos construir. A arte contemporânea não é apenas o que é feito hoje, mas sim a flama que nos provoca em qualquer tempo”. Com palavras carregadas de admiração, o curador ressalta o impacto cultural e político das obras de Poteiro, que conquistaram projeção nacional e internacional ao retratar cenas cotidianas, festividades, religiosidade e a identidade popular brasileira.
Exposição no centenário de Antonio Poteiro
A exposição segue aberta à visitação até o dia 2 de novembro, com entrada gratuita. As peças em exibição pertencem ao acervo do Instituto Antonio Poteiro, sediado em Goiânia, cidade onde o artista construiu a maior parte de sua carreira. Nascido em Braga, Portugal, Poteiro imigrou para o Brasil ainda criança, e se destacou como ceramista e pintor autodidata. Sua arte, com traços espontâneos e cores intensas, é reconhecida em mais de 40 países e permanece como uma das mais expressivas representações do imaginário popular brasileiro.
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