Com debates sobre políticas públicas para o circo, oficinas práticas e vivências em diferentes cidades do Estado, o programa reafirma o compromisso do festival com a valorização e o fortalecimento da arte circense no Ceará. Para mais informações, acesse festivaldecircoceara.com
O 11º Festival Internacional de Circo do Ceará (FICC) dá início, nesta quarta-feira (29), às ações formativas do programa Luz no Picadeiro, que se estendem até 19 de novembro em Aquiraz, Fortaleza, Paracuru, Itapipoca e Aracati (Canoa Quebrada). Oficinas, encontros e mesas de debate compõem a programação, voltada à qualificação técnica, à pesquisa e à reflexão sobre o papel do circo na contemporaneidade.
Nesta edição, o Luz no Picadeiro chega ampliado, em parceria com outros projetos de formação em circo, tornando-se um espaço mais robusto de trocas entre artistas, educadores, gestores culturais e pesquisadores. A agenda inclui atividades práticas como oficinas de corda lisa, bambolê, diabolô, perna-de-pau, malabares e vivências em artes circenses — e discussões sobre territórios de lona, políticas públicas e fortalecimento das escolas e coletivos circenses.
Uma das novidades é a realização conjunta do 1º Simpósio Nordestino de Inventários Circenses, organizado pela Sankofa Gestão Cultural e pela Casa das POC, que ocorrerá em Fortaleza e Canoa Quebrada, promovendo reflexões sobre formação e pesquisa no campo do circo.
Programação começa em Aquiraz
As primeiras atividades acontecem em Aquiraz, na Tapera das Artes. Nos dias 29 e 30 de outubro, das 16h às 20h, o artista Jaderson Nobre ministra a Oficina de Perna-de-pau. No dia 2 de novembro, também na Tapera, a jornalista Ethel de Paula lança o livro “O picadeiro é encantado: tempo, festa e narrativas etnobiográficas de um palhaço de circo”, publicação da coleção Territórios de Criação do programa Ceará Sem Fronteiras, da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE).
Fortaleza: debates sobre políticas públicas
Em Fortaleza, as ações ocorrem no Teatro São José, no dia 3 de novembro. Às 9h, o encontro “Territórios de Lona – Os avanços da Lei do Circo” reunirá representantes de instituições culturais e parlamentares, como Reginaldo Calvo (APAECE), Guilherme Sampaio e Larissa Gaspar, entre outros. Às 11h, o debate “Programa Município Amigo do Circo” abordará estratégias de apoio a iniciativas circenses nos municípios. No mesmo dia, às 16h, Marcos Teixeira, da Funarte, apresentará o Plano Nacional das Artes. A cidade também recebe, entre 3 e 5 de novembro, a oficina Corda Lisa: Movimentos Dinâmicos e Espirais, com o artista Jean Winder (AM), na Escola Pública de Circo da Vila das Artes.
Oficinas e vivências pelo interior
Em Paracuru, o Luz no Picadeiro promove, nos dias 5 e 6 de novembro, oficinas de diabolô e bambolê com os artistas Eric Andres Dorfman e Sol Parets Poggio, ambos do grupo Balagan Circus (Argentina e Uruguai). Entre 11 e 13 de novembro, o argentino Rodrigo Möller (Latin Duo) ministra oficina de malabares na Associação Comunitária do Conjunto Esperança.
Em Itapipoca, no dia 8 de novembro, o destaque é a mesa “Circo Negro: Reflexões sobre as estéticas negras contemporâneas”, com Robsmarda Silva e Hammai de Assis Vieira (Circo Negro Experimental – PE). Encerrando o eixo formativo, Canoa Quebrada recebe, de 17 a 19 de novembro, a Vivência em Artes Circenses, com a dupla Iñaki Sevilla e Enrica Iagnemma (Circus Family on the Road – Espanha/Itália), no Circo Escola Canoa Criança.
1º Simpósio Nordestino de Inventários Circenses
Outra estreia desta edição é o 1º Simpósio Nordestino de Inventários Circenses, que reunirá artistas, educadores e pesquisadores para discutir metodologias de ensino e processos de criação em escolas de circo. A programação será de 10 a 13 de novembro, na Vila das Artes (Fortaleza), e no dia 15, na Escola Canoa Criança (Aracati).
“Estamos convidando pessoas de diferentes escolas e projetos para dialogar sobre metodologias, estratégias e perfis de formação no campo do circo. É um encontro voltado à formação e à pesquisa, diretamente relacionado ao Programa Luz no Picadeiro”, explica Ana Vieira, coordenadora pedagógica do FICC.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local de cada atividade, com exceção da oficina de corda lisa e do simpósio, que exigem inscrição online, via link na bio do Instagram oficial do festival.
Programação artística e circulação
Após as ações formativas, o 11º FICC realiza sua programação artística de 31 de outubro a 15 de novembro, com mais de 40 apresentações gratuitas em cinco cidades cearenses e participação de 100 artistas do Brasil e do exterior. O festival também promove o FICC em Rede (7/11 a 20/12) e o Lona Aberta, fortalecendo a cadeia produtiva e ampliando o acesso às artes circenses no Estado.
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