Com 25 trabalhos artísticos diferentes, somando 38 apresentações de 19 atrações locais, nacionais e internacionais, a Bienal Internacional de Dança do Ceará, iniciada no dia 9 de dezembro, encerra a 13ª edição neste fim de semana, com programação em Fortaleza e Itapipoca até sábado (18) e em Trairi no domingo (19). Os ingressos para as apresentações em Fortaleza devem ser retirados no site Sympla: www.sympla.com.br/bienaldedanca. Toda a programação tem acesso gratuito.
EM FORTALEZA
Nesta quinta-feira (16), Silvia Moura, uma artista das conexões possíveis, entre o corpo e o pensamento, faz mais duas sessões de “Casa, Corpo, Mulher, Árvore” (2021), uma ação de resistência neste momento em que a sociedade em meio a inúmeras mortes, medos, incertezas e o escancaramento das desigualdades sociais, tem/teve na arte, em alguma medida, uma parceira para suportar os dias. As apresentações acontecem na residência da artista, às 18h e às 19h.
Também nesta quinta, às 20h, no Teatro Dragão do Mar, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), equipamento da Secult-CE gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), o bailarino e coreógrafo cearense João Paulo Lima, que se autodenomina como “corpo DEF”, apresenta “Devotees” (2021), seu novo trabalho. Esta é uma ação conjunta da Bienal com o Centro Dragão do Mar, por meio da mostra Cena 21.
Na sexta-feira (17), às 19h, a Vila das Artes e a bailarina e coreógrafa Clarice Lima apresentam “Jardim Fantástico” (2021), dança de finalização do sexto ano da Escola Pública de Dança da Vila das Artes. É um trabalho que aproxima o universo fantástico do cinético como forma de celebração da dança, do movimento, da energia e da dedicação de cada uma das formandas e formandos. A apresentação será no Teatro B. de Paiva, no Centro Cultural Porto Dragão, também equipamento da Secult-CE gerido em parceria com o IDM.
Às 20h, no mesmo local, como resultado de uma das ações dos Percursos de Criação, que nesta edição agrega à formação na dança a consciência ecológica e a sustentabilidade, a Bienal de Dança apresenta “Planeta”, dirigido por Andréia Pires. Em cena, os bailarinos Isaac Pereira, Kaio Albuquerque e Thácila Soares.
No sábado (18), a programação da Bienal em Fortaleza termina no Teatro B. de Paiva com dois espetáculos. Às 17h, a Cia. Acaso entra em cena com o solo “Ritos de Passagem” (2021), apresentado por Rafael Abreu, diretor, intérprete-criador e cenógrafo do espetáculo. Às 19h, Maria Epinefrina e Wellington Fonseca apresentam “Saori e Anahí” (2021), espetáculo voltado para o público infanto-juvenil, com dramaturgia de Clarice Lima construído a partir do universo imagético e das lógicas internacionais presentes no ambiente dos videogames.
EM ITAPIPOCA
Gerson Moreno, diretor da Cia Balé Baião, lança nesta quinta-feira (16) o livro “Minha política é a dança que gero no mundo”. Será às 19h na Biblioteca Pública Municipal Rita Aguiar Barbosa.
Na sexta-feira (17) a Bienal de Dança estará na Praça Perilo Teixeira (Praça da Matriz), a partir das 20h com dois espetáculos. Começa com a adaptação de “My (Petit) Pogo”, obra de maior circulação na França da Cie. R.A.M.a., do coreógrafo Fabrice Ramalingom. A remontagem com bailarinos do Ceará, fruto de intercâmbio com a Carnaúba Criações, é uma parceria entre a Bienal e o Consulado Geral da França para o Nordeste em Recife. Foi realizada com a direção online do coreógrafo francês, que contou com a assistência de direção presencial da cearense Clarice Lima. Nesta obra, o coreógrafo propõe a integração do conceito de acessibilidade com a própria dança, onde os bailarinos desenvolvem movimentos da Libras como linguagem coreográfica.
Na sequência, às 21h, a Paracuru Cia de Dança apresenta “Inventário de Belezas” (2021), uma criação do coreógrafo convidado Luiz Fernando Bongiovanni, com direção de Flávio Sampaio. Esta é uma coprodução da Bienal que estreou em agosto de forma online na Bienal De Par Em Par e agora, na 13ª Bienal de Dança, é apresentada presencialmente. Usando a acessibilidade como elemento de criação, o espetáculo aborda o autismo, a partir da vivência de uma das bailarinas com o filho, pessoa com transtorno do espectro autista (TEA).
No sábado (18), também na Praça da Matriz, o encerramento da Bienal em Itapipoca será com “Dançar Paulo Freire” (2021), novo espetáculo da Cia Balé Baião, que teve sua estreia na Bienal na última segunda-feira em Fortaleza. Com direção de Gerson Moreno, a companhia de dança cearense revela Paulo Freire presente, vivo e incorporado nas oraliDanças da Balé Baião, nas corporalidades rebeldes, teimosas e propositivas que convocam para os verbos “esperançar” e interferir no mundo, com boniteza, coragem e amorosidade. Em seguida, a Arreios Cia De Dança, de Trairi, apresenta “CorpoMar” (2021), seu novo trabalho, e a Cia Ikannús de Danças Urbanas traz à Bienal “É Pra Você Meu Preto” (2021).
EM TRAIRI
A Bienal Internacional de Dança do Ceará encerra a 13ª edição com programação em Trairi, praia do litoral Oeste cearense, com espetáculos neste domingo (19), a partir das 19h, na Praça da Justiça. O público poderá conferir “CorpoMar”, com a Arreios Cia De Dança, “Dançar Paulo Freire”, com a Cia. Balé Baião, e “Praia das Almas” (2016), com a Paracuru Cia. de Dança. Com direção artística de Flávio Sampaio, este espetáculo é uma criação do pernambucano Jorge Garcia, um dos mais conceituados coreógrafos brasileiros da atualidade. O coreógrafo e bailarino foi um dos homenageados na noite de abertura desta edição em Fortaleza.
A XIII Bienal Internacional de Dança do Ceará é apresentada pelo Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE), via Lei Estadual Nº 13.811 – Mecenato Estadual, e Enel. Apoio: Instituto Francês, Embaixada da França no Brasil, Consulado Geral da França em Recife para o Nordeste e Pro Helvetia. Parceria: Quitanda Soluções Criativas. Realização: Indústria da Dança e Proarte. Apoio Institucional: Instituto Dragão do Mar, Cineteatro São Luiz, Porto Dragão, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Secretaria da Cultura do Ceará (Secult-CE) e prefeituras municipais de Paracuru, Itapipoca e Trairi. Agradecimento: Enel.