• outubro 30, 2019

6º Festival Internacional de Circo do Ceará leva mais de 80 apresentações a cinco cidades cearenses

6º Festival Internacional de Circo do Ceará leva mais de 80 apresentações a cinco cidades cearenses

Em novembro, o circo invade palcos, ruas e praças de cinco cidades cearenses. De 12 a 24 acontece o 6º Festival Internacional de Circo do Ceará, com mais de 40 atrações, entre nomes locais, nacionais, internacionais. São mais de 80 apresentações em Fortaleza (12 a 17), Aracati (15 e 16), Paracuru (19 a 21), São Gonçalo do Amarante (22 e 23) e Itapipoca (24). Na data da abertura, 12 de novembro, será realizado, na capital, o II Seminário Ensino de Artes Circenses: Experiências de Vivência, Gestão e Memória. Toda a programação tem acesso gratuito.

Este ano o Festival bateu o recorde de artistas e grupos inscritos. Foram 510propostas recebidas dentre espetáculos e oficinas enviados por grupos, companhias e artistas de todo o país e do mundo. O número supera os 354 inscritos de 2018.

NACIONAIS

Dentre os nomes nacionais, o 6º Festival Internacional de Circo do Ceará recebe a companhia La Mínima (Cotia/SP), criada em 1997 por Fernando Sampaio e Domingos Montagner, ator falecido em 2016. O grupo apresenta o espetáculo “Reprise”. Nele, dois palhaços descobrem que foram contratados para serem atração no mesmo local e, após tentarem superar um ao outro, decidem atuar juntos no mesmo evento. Entre os destaques desta edição também figura o Palhaço Klaus (São José dos Campos/SP) apresentando “Animo Festas”, onde inverte o arquétipo do palhaço para a figura do homem adulto e solitário, que trabalha em festas infantis em busca apenas da própria sobrevivência.

Palhaço Klaus apresenta “Animo Festas” (Foto: ©Gabriel Rachid)

Além destes, o Festival também recebe: Cia LaClass Excêntricos (São Paulo/SP), com o espetáculo“Circo Excêntrico”; Cia. de Palhaço Orgânico (Salvador/BA) com Mala sem alça, Palhaço sem Calça”; Cia Circo Caramba (Campinas/SP)com“Jerônimo Show”; Circo Teatro Artetude (Brasília/DF), apresentando “O circo dos Irmãos Saúde”; Daniel Salvi (Campinas/SP) com “O Poste”; Trupe Arlequin de Circo Teatro (João Pessoa/PB) com “Xulé à La Carte”; Dupla Gomesninow (Rio de Janeiro/RJ) em “Cyrculo” e “Virando a Roda”; Cia. Circênicos (Brasília/DF) com“Utopia”; The Pambazos Bros (Uruguai e São Paulo/SP)  com o“Pakitos Cueca Cuela”; Bagunço (Rio de Janeiro/RJ) com“Bagunço – Caos, Cosmos e Damião”.

INTERNACIONAIS

Sete atrações internacionais integram a programação do Festival, com números de música, contorcionismo, palhaçaria, entre outros que marcam o mundo do circo em qualquer idioma. Natural da província de Santa Fé, na Argentina, o ator e luthier Salvador Trapani faz uma viagem sonora em “La Royalle”, onde transforma torneiras, latas, cordas e ferramentas em instrumentos musicais, levando o público a um mundo cheio de sons e imagens inusitadas. Belga que reside na Bahia, Pauline Zoé apresenta “Esfera”, performance com várias modalidades circenses, como a roda cyr, bambolê, acrobacia aérea e dança acrobática. Do México, a companhia Fuoco di Strada apresenta “La Família Pastel”, um show que, com costumes peculiares, questiona se os reais laços que conectam um grupo familiar são realmente os de sangue.

Fuoco Di Strada apresenta “La Familia Pastel” (Foto: Gerardo Castillo)

O Festival também apresenta: o grupo Clap Clap Circo (Uruguai e Argentina), com o espetáculo “Gulp”; a contorcionista Valery Show (Argentina), que traz números onde inclui tiro de arco e flecha com os pés; o Palhaço Satin (Colômbia), com “Amateur – O Espetáculo de um Palhaço Amador”; e a dupla Valentina Weingart y Rodrigo Vivallo (Santiago/Chile) no dueto de tecido aéreo“Sombras – Relatos del inconsciente”.

CEARENSES

Entre palhaçaria, contorcionismo, mágicos e atiradores de faca, o Festival tem espaço reservado para artistas circenses do Estado. Uma das atrações é o Pimenta, mais antigo palhaço em atividade no Ceará que é também Mestre da Cultura no Estado. Seguindo a arte do avô, o Palhaço Baratinha, neto de Pimenta, apresenta “Do Tradicional ao Contemporâneo”. A palhaçaria é também a arte da dupla Colorau e Ronaldo, que participa do festival com o show “Tempero do Humor”, de Zé Ninguém apresentando “Palhaço em dias difíceis”, e do Payaço Abu (Maracanaú) em “Abukabum”, espetáculo de Igor Cândido,quetraz à cena um palhaço mazelado com uma trupe religiosa que tenta conquistar novos seguidores para um culto.

De Fortaleza também se apresentam no Festival: Reginho Malabares com o número “Malabares sobre Monociclo”, Lino Rocha com “O Arremessador de Facas”, a acrobata Beatriz Barros com “Lyra”, o Mágico Jeffy traz o número “Cortador de Legumes” e Cláudio Ivoem um passeiopela “História do Circo”. E mais, as companhias K’Os Coletivo com “Guerra de Cup&Cake”, Aquarela Entretenimento com “Circo Larizando”, Trupe de Dois como espetáculo “El Fackir”, e Laguz Circo apresentando“Se disse de mí”, onde a bailarina Tita Chula precisa entreter o público enquanto seu par não chega.

Pimenta (Foto: Marina Cavalcante)

Do interior cearense, o Festival leva aos palcos: o grupo Dona Zefinha (Itapipoca), que apresenta os espetáculos “Ch@furdo” e “Da Silva, o Hijo de Las Américas”; a Cia Carroça de Mamulengos (Juazeiro do Norte) com “A Ópera de uma família brincante”; a Cia Lamparim (Quixeramobim), em “A incrível, a estupenda, a maravilhosa dupla dinâmica de dois”; e Marcus Angaro (Jijoca) em “Angaro em o Círculo de Fogo”.

“A melhor forma de apoiar um artista é consumindo a sua obra”, afirma Ângelo Márcio, diretor artístico do Festival. Ele explica que a proposta desta edição do evento é levar mais atividades para os artistas que já são do circo, ampliando a formação deles. Dessa forma, o Festival pretende fortalecer a arte circense no estado.

Mostra, Encontro, Seminário e Oficinas

Pelo segundo ano consecutivo, o Festival abre espaço as mulheres da palhaçaria com a II Mostra de Palhaçaria Feminina. São cinco apresentações, de até 15 minutos de duração cada uma. O Coletivo Duas Catitas traz o número“Duas Catitas”,onde, com charme e audácia, duas palhaçastentam atrair a atenção do público com truques de malabarismo musical e acrobacias. Já Jordana Nascimento apresenta o“Número Um”,seu primeiro espetáculo de palhaçaria, no qual joga com uma mescla de comicidade e crítica para tratar sobre imposições feitas ao gênero feminino.Há também o Grupo Desequilibradoz, com “Diva”, Amanda Santos Correia, com“Posição de Ataque”e a palhaça Lelê Marins (Brasília/DF),com“Hiperbólica”.

Na programação do Programa Luz no Picadeiro, destinado a formação e troca de experiências entre artistas de circo e público iniciante, acontecem um seminário, um encontro e oito oficinas. O II Seminário Ensino de Artes Circenses: Experiências de Vivência, Gestão e Memória, dá início à programação do Festival no dia 12, a partir das 8h, na Vila das Artes, em Fortaleza.

O Festivalde Circotambém abre espaço aos adeptos da palhaçaria do grotesco, que ri na cara do rei e das desgraças alheias, com o primeiro Encontro de Bufonaria, no dia 14, às 14h, no auditório do Porto Dragão. Durante o evento, há o lançamento dos livros: “Os Bufões estão de volta”, de Alysson Lemos, e “Repetir até ficar diferente”, de Samara Garcia. Dentre as oficinas de diferentes técnicas que serão realizadas em Fortaleza, Canoa Quebrada e Paracuru, destaca-se Música Excêntrica, com o ator, músico e luthier Salvador Trapani, nos dias14 e 15 (quarta e quinta), a partir das 14h, no Porto Dragão.

Locais de apresentação

Em Fortaleza, as apresentações ocorremno CentroDragão do Mar de Arte e Cultura, no Porto Dragão, Theatro José de Alencar, Centro Cultural Bom Jardim e no Circo Escola do Conjunto Palmeiras. Em Aracati, os locais de programação ficam em Canoa Quebrada, no Circo Escola Canoa Criança. Em Paracuru, as atrações chegam à Praça da Matriz, ao Anfiteatro do Farol e ao Distrito da Volta. Em São Gonçalo do Amarante a programação ocorre na Praça da Igreja Matriz. E em Itapipoca, espetáculos serão encenados no Largo da Igreja de São Sebastião.

O 6º Festival Internacional de Circo do Ceará, financiado via Lei de Incentivo à Cultura, é apresentado pelo Atacadão, com patrocínio do Grupo DASS, Beach Park e Aninger. Parceria do SESC, e apoio institucional da Escola de Circo de Fortaleza, Vila das Artes, Instituto Iracema, Prefeitura de Fortaleza, Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, Theatro José de Alencar, Porto Dragão, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Instituto Dragão do Mar, Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Lei Nº 13.811, de 16 de agosto de 2006). Agradecimento à Enel.  A produção é da Iluminura Produtora Cultural. Realização: Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania, Governo Federal.